O tema das janelas sempre esteve presente em meu trabalho e em minhas pesquisas. Na história da pintura e na história do cinema, as janelas desempenham um papel fundamental, como um primeiro enquadramento da paisagem, colocando bordas e limites para o olhar, produzindo uma autorreflexividade do ato de ver, ou mesmo, uma metáfora do próprio trabalho da representação no cinema e na pintura.
Desse modo, três curtas abordam a questão das janelas e da relação imagem e paisagem sonora, imagem e música, imagem e palavra, tendo sempre o universo musical como referência fundamental para o processo de criação.
São eles:
#from the life of bees (#da vida das abelhas, Londres, 2015, 7′)
Noite que não finda (Endless night, 2020, 6′)
Andorinha lá fora (Martin bird outside, 2021, 8′).
Eles podem ser vistos em conjunto, produzindo um rico diálogo entre noite e dia, movimento e fixidez, fluxo e geometria, além das questões referentes à musicalidade fílmica.